sábado, 22 de janeiro de 2011

TRAIRÃO

Era a eleição 1998. Eu estava no escritório de MÁRIO ROCHA na Av. Ville Roy quando chegou um sujeito, camisa aberta, suado e com o ar de preocupado. Queria ele saber onde ficava o escritório do senador MOZARILDO CAVALCANTE. Informei a ele o endereço. Um pouco mais tarde lá vem ele mais suado que tampa de cuscuz. Cai na besteira de perguntar o que havia ocorrido. Eu era candidato e estava doidinho para fisgar um voto. Disse-me ele que o candidato CASCAVEL tinha estado lá na vila onde ele residia, VILA DO TRAIRÃO e que havia organizado um campeonato de futebol a pedido de CASCAVEL. Foi estabelecido como prêmio um garrote para o churrasco de confraternização. Sua missão agora era receber o dinheiro referente ao boi comprado fiado de um pequeno fazendeiro da região. Indo a casa de CASCAVEL parece que não recebeu o combinado. Procurou então MOZARILDO que também não concordou em pagar o boi. Pedi a ele que voltasse no dia seguinte. Dito e feito, ele voltou e dessa vez mais tranquilo. Pedi a ele para que contasse novamente a história. Ele contou igualzinha como havia contado antes. Perguntei: Quanto custou esse boi? Na época havia custado R$ 480,00. Paguei e parece que livrei aquele sujeito da dívida contraida. Perguntei a ele quantos votos existiam no Trairão. Ele dise que muitos e que me garantiria apenas 14, os da sua equipe de futebol. Aguardei anciosamente a apuração dos votos naquela eleição e adivinhem quantos votos tive naquela região? ZERO VOTO. Bem feito, quem mandou acreditar em um sujeito de uma localidade chamada TRAIRÃO.

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