segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

TODA SEMANA RORAIMA PARA POR FALTA DE INTERNET

Sexta-feira, começamos a nos preparar para ir ao "Rancho Don Rafael do Orinduque", para acompanhar a mamãe, que estava por lá, já havia quase uma semana, e aproveitar para descansar durante o fim de semana.

A viagem programada previa sairmos de BV, às 9h, mas, infelizmente, não foi possível. A razão foi a falta de sinal de internet interrompida, mais uma vez, pelo rompimento da fibra óptica da OI.

Com o advento dos cartões de crédito, débito e, por último, o PIX, estamos aos poucos deixando de utilizar o dinheiro em espécie, o que tem causado enormes transtornos as famílias roraimenses. Simplesmente, não se faz mais nada, o mundo para quando a fibra rompe. Os postos de combustíveis param, os supermercados param, as lojas de venda de ração param, enfim, tudo para.

Cabos ópticos pelo mundo


O MUNDO TODO É INTERLIGADO POR CABOS ÓPTICOS.

Os cabos submarinos existem, desde 1850, e eram utilizados para levar sinais telegráficos.

No Brasil, o primeiro cabo submarino foi instalado, em 1857, no estado do Rio de Janeiro. Atualmente, existem no Brasil cerca de 400 cabos submarinos interligando os estados da costa brasileira.

Com 9.000 km de extensão, um cabo com quatro pares de fibra óptica e com a capacidade de transmissão de 80 Gbps, o "Américas II", interliga o Brasil à Guiana Francesa, Trinidade, Tobago, Venezuela, Curaçao, Martinica, Porto Rico e os Estados Unidos da América.

Com a construção do linhão de Guri, que trouxe energia da Venezuela para abastecer Roraima, com energia confiável, veio também o cabo óptico trazendo uma internet de melhor qualidade, via torres de energia.

Antes da instalação desse cabo óptico, o sinal que recebíamos vinha via satélite. O estado do Amazonas vivia idêntica realidade.

Após a chegada do cabo óptico a Roraima, esse cabo foi levado, via subterrânea, até o Amazonas, passando, inclusive, por dentro da reserva indígena Waimiri-Atroari, sempre via subterrânea.

Passou o tempo, a Venezuela colapsou e, durante o governo Bolsonaro, foi interrompido o fornecimento de energia, e o que tudo indica, o sinal via fibra óptica, vindo de Fortaleza, via cabo submarino, também foi interrompido.

O estado do Amazonas foi o penúltimo estado a fazer parte do SIN (Sistema Interligado Nacional), recebendo energia da usina de Tucuruí, no Pará, e também, passou a receber sinal de internet via cabo óptico, vindo também de Fortaleza. Passou a não depender mais do cabo ótico vindo de Roraima.

Roraima passou então a receber sinal da internet vindo de Fortaleza, via linhão de Tucuruí. O cabo que antes servia para levar internet para o Amazonas, agora faria o sentido inverso, ou seja, foi utilizado para trazer sinal de internet.

Como dito antes, o cabo óptico entre Amazonas e Roraima foi instalado todo ele de forma subterrânea, em tubulação rasa e desprotegida, e como ao longo da estrada existem diversas propriedades rurais, manutenção da estrada, entre outras atividades e animais roedores, fica a fibra óptica exposta causando as intermináveis interrupções do sinal.

E qual seria a solução mais imediata para resolver a situação?

Até que sejam instaladas as torres de energia para trazer o linhão de Tucuruí, o ideal é que sejam instalados postes de 12 metros e instalar o cabo ótico por via aérea, no trecho entre Manaus e Boa Vista e, assim, o problema estará resolvido.

A opção de trazer o cabo óptico, via Rio Branco, com cabos subaquáticos, projeto em andamento, poderá não ser a solução mais adequada devido aos conflitos que existem entre empresas que exploram o turismo, no baixo rio branco, e os ribeirinhos que vivem da pesca na região.


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